Mapa Autismo Brasil: questionário para pesquisa sociodemográfica nacional vai mapear quem são os autistas no Brasil
Neste 2 de abril é celebrado o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. O Sindjus apoia a luta pelos direitos e inclusão das pessoas com características do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Para contribuir para embasar políticas públicas e melhorarias no acesso a serviços e direitos dos autistas, o Sindjus destaca que está disponível desde o último dia 29 de março, o formulário criado pelo Mapa Autismo Brasil, para a pesquisa que pretende traçar o perfil sociodemográfico nacional das pessoas com TEA. O objetivo a partir dessa análise é buscar construir um panorama detalhado sobre o autismo em todo o Brasil, fornecendo dados essenciais para embasar formulação de ações voltadas para esta população.
Para o diretor de Formação e Relações Sindicais do Sindjus, Igor Mariano, pai atípico e também diretor do Departamento Nacional de Polícia Judicial, o mapeamento é indispensável para entender o perfil sociodemográfico nacional. “Conhecer e compreender as necessidades e desafios enfrentados por pessoas autistas, e famílias atípicas em geral, é o primeiro passo para a conscientização, e consciência é a base da inclusão, da interação respeitosa, da dignidade, do exercício de direitos fundamentais e da cidadania como um todo”, disse.
Em 2023, um projeto piloto deste mapeamento foi realizado apenas no Distrito Federal e identificou, por exemplo, lacunas no acesso ao diagnóstico do TEA no SUS, atraso no diagnóstico de meninas e acesso a uma carga horária muito baixa de terapias, seja usando a rede pública ou privada de saúde. Diagnosticando obstáculos graves à oferta do suporte necessário a autistas no país. Em reportagem veiculada pelo portal da Folha de São Paulo, a diretora do Mapa Autismo Brasil, Ana Carolina Steinkopf, ressaltou que a previsão é que resultados parciais sejam divulgados ainda este ano.
“Se as políticas públicas forem pensadas com base na necessidade real da população de autistas, vai ser mais fácil tocar estratégias assertivas, o que significa mais inclusão, acesso à educação, a serviços de saúde. Se eu entendo que 50% das crianças de 4 a 8 anos estão no nível 3 de suporte [do TEA] e em determinado ano escolar, e sei onde elas estão, eu consigo planejar a quantidade de professores e salas adaptadas. Estamos olhando para mesorregiões dentro dos Estados e vamos conseguir ter um estudo mais direcionado: para a região do Vale do Aço em Minas Gerais ou a Baixada Fluminense, por exemplo”, disse Ana Carolina Steinkopf.
O formulário nacional do mapa estará aberto para ouvir autistas maiores de 18 anos e cuidadores de autistas até 30 de abril.
Para responder a pesquisa, clique AQUI.
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